A CLÍNICA DA REPARAÇÃO PSÍQUICA
A Clínica da Reparação tem como objetivo oferecer atendimento psicológico gratuito atendimento a pessoas afetadas pela violência de Estado em seus mais diversos contextos.
Os atendimentos são realizados pela equipe de psicólogos do projeto e estudantes do curso de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina, no SAPSI (Serviço de Atenção Psicológica da UFSC).
Serão oferecidos atendimentos individuais, em coterapia, isto é, com mais de um terapeuta participante nos atendimentos.
A Clínica da Reparação Psíquica é fruto de uma parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, por meio do Núcleo de Estudos sobre Migrações, Psicologia e Culturas (NEMPsiC).
CONTATO
A COTERAPIA
Diante dos efeitos severos da tortura e outras violências extremas sobre o psiquismo, os laços sociais e a capacidade de produção simbólica dos sujeitos por elas afetados, o dispositivo clínico da coterapia oferece um espaço que possibilita que o sujeito seja olhado e escutado por todo um grupo de terapeutas, o que contribui para restituir a legitimidade de suas produções simbólicas e importância do seu testemunho para a comunidade. Diferente da disposição clínica tradicional do face-a-face, com suas semelhanças à situação do interrogatório, na coterapia os terapeutas ocupam o papel de testemunhas, que estão lado-a-lado com o paciente.
A função do grupo não é a de mero observador. Todos os presentes participam ativamente da escuta e oferecem ao grupo, em ato, a proposição de compreensões sobre o que está sendo escutado ali, oferecendo assim, vias de elaboração e acolhimento para aquilo que vem como excesso, como transbordamento, como expressões indizíveis do trauma.
A coterapia, contribui também para a função de ensino, de transmissão dos saberes envolvidos nesta forma escuta. Ao possibilitar o trabalho em grupo, a coterapia permite a troca, em ato, entre profissionais oriundos diferentes disciplinas, locais de trabalho, idades e percursos profissionais.
Trata-se de um espaço aberto a múltiplos olhares, que são, porém, orientados por um projeto ético comum que dirige a escuta. As construções dos analistas ao longo do processo terapêutico são compartilhadas, trocadas e faladas abertamente, entre terapeutas e também com o paciente. A intenção mantém-se clara: a criação de um espaço restaurador pautado na possibilidade de refazer vínculos, que são os principais objetos da violência. Primeiro, a reconstrução dos laços se dá através da transferência com estes terapeutas e posteriormente, de volta com universo social, familiar e comunitário que o constitui.
A função do grupo não é a de mero observador. Todos os presentes participam ativamente da escuta e oferecem ao grupo, em ato, a proposição de compreensões sobre o que está sendo escutado ali, oferecendo assim, vias de elaboração e acolhimento para aquilo que vem como excesso, como transbordamento, como expressões indizíveis do trauma.
A coterapia, contribui também para a função de ensino, de transmissão dos saberes envolvidos nesta forma escuta. Ao possibilitar o trabalho em grupo, a coterapia permite a troca, em ato, entre profissionais oriundos diferentes disciplinas, locais de trabalho, idades e percursos profissionais.
Trata-se de um espaço aberto a múltiplos olhares, que são, porém, orientados por um projeto ético comum que dirige a escuta. As construções dos analistas ao longo do processo terapêutico são compartilhadas, trocadas e faladas abertamente, entre terapeutas e também com o paciente. A intenção mantém-se clara: a criação de um espaço restaurador pautado na possibilidade de refazer vínculos, que são os principais objetos da violência. Primeiro, a reconstrução dos laços se dá através da transferência com estes terapeutas e posteriormente, de volta com universo social, familiar e comunitário que o constitui.
EQUIPE
Dra. Lucienne Martins Borges
Professora da Universidade Federal de Santa Catarina, atua na Graduação e na Pós-Graduação em Psicologia e coordena o Núcleo de Estudos sobre Psicologia, Migrações e Culturas (NEMPsiC). Doutora em Psicologia (Ph.D., Université du Québec à Trois-Rivières - Canadá), mestre Estudos Literários - Université du Quebec, Canadá (1996) e mestre em Psicologia - Université Laval, Canadá (2000).
Professora associadana Université du Québec à Montréal (UQAM), Colaboradora do Service dAide Psychologique Spécialisée aux Immigrants et Réfugiés (Université Laval/CIUSSS-CN, Québec, Canadá). Atualmente, faz parte do corpo docente da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde do Hospital Universitário da UFSC, na área de concentração Atenção em Urgência e Emergência. Coordenadora da Clínica da Reparação Psíquica.
Allyne Fernandes Oliveira Barros
Psicóloga. Mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina. Membro do Núcleo de Estudos de Migrações, Psicologia e Cultura (NEMPsiC), da Universidade Federal de Santa Catarina. Supervisora na Clínica da Reparação Psíquica. Email: [email protected]
Daniela Sevegnani Mayorca
Psicóloga, psicanalista. Mestre em Psicologia e Estudos Psicanalíticos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Membro do Núcleo de Estudos de Migrações, Psicologia e Cultura (NEMPsiC), da Universidade Federal de Santa Catarina. Supervisora na Clínica da Reparação Psíquica. Email: [email protected]
Tomás Tancredi
Estudante de graduação em Psicologia. Estagiário da Clínica da Reparação Psíquica. Membro do Núcleo de Estudos de Migrações, Psicologia e Cultura (NEMPsiC), da Universidade Federal de Santa Catarina.
Isabela Cantarelli
Estudante de graduação em Psicologia. Estagiária da Clínica da Reparação Psíquica. Membro do Núcleo de Estudos de Migrações, Psicologia e Cultura (NEMPsiC), da Universidade Federal de Santa Catarina.
A Clínica da Reparação Psíquica - Projeto Completo | |
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